FTAM - (File Transfer, Access and Management)


Introdução

O FTAM, descrito nos padrões ISO 8571 Partes 1 a 4, permite que seus usuários tenham acesso a arquivos em sistemas remotos. O FTAM permite que os arquivos sejam transferidos como uma unidade, ou que tenham acesso por partes em operações de leitura e escrita, e que operações de criação, remoção e manipulação dos atributos de arquivos remotos possam ser realizadas.

O FTAM opera com base em associações no nível de aplicação, que envolvem uma entidade FTAM iniciadora, que fornece o serviço FTAM para o usuário cliente, e uma entidade FTAM respondedora, que gerencia o acesso ao sistema de arquivos remotos.(Figura). O sistema de arquivos virtual é um modelo abstrato usado para descrever um sistema de arquivos de forma independente das características de implementação, fornecendo uma interface homogênea para o acesso a qualquer implementação particular de um sistema de arquivos real. Todas as definições e especificações do protocolo FTAM dizem respeito ao sistema de arquivo virtual. Cada sistema aberto que se proponha a fornecer o serviço FTAM deve responsabilizar-se pela implementação de uma função de mapeamento das operações do sistema de arquivo virtual, em operações no seu sistema de arquivos real. Cabe destacar que a implementação da função de mapeamento está fora do escopo do padrão FTAM.

Na versão inicial do FTAM, o sistema de arquivo virtual só continha arquivos. Um adendo o padrão, que atingiu o status de padrão internacional em 1991, introduziu o conceito de objetos FTAM: arquivos, diretórios de arquivos e links. Na terminologia FTAM um diretórios de arquivos consiste em um mecanismo utilizado para agrupar arquivos, links e diretórios de arquivos, segundo uma estrutura lógica , na forma de uma árvore. Um link é um ponteiro para um outro objeto, de que pode ser um arquivo ou um directório. O objeto directório de arquivos tem a função de permitir que os objetos sejam identificados por um nome de caminho (pathname), de forma similar a realizada em vários sistemas reais, como por exemplo no UNIX e no MS-DOS. O objeto link fornece um mecanismo simples que permite que um objeto apareça em mais de uma posição da árvore do sistema de arquivos sem que seja necessário duplicá-lo.

As propriedades de um arquivo FTAM são descritas pelos valores de seus atributos. O atributo nome do arquivo identifica o arquivo de forma não ambígua. Esse atributo foi sustituído pelo atributo pathname no adendo Filestore Management. Outros exemplos de atributos são:

Um arquivo está vazio ou então possui um conteúdo. O conteúdo do arquivo consiste em um conjunto ordenado de unidades de dados. O FTAM adotou a estrutura em árvore para organizar o acesso a seus arquivos. Cada nó da estrutura é associado a, no máximo, uma unidade de dados. O FTAM permite que um arquivo seja decomposto em subárvores denominadas FADU( File Access Data Units), que definem a unidade de acesso ao arquivo. Se a estrutura em árvore do arquivo tiver apenas um nível (o nó raiz é uma única unidade de dados) o arquivo é dito ser não-estruturado. Se a árvore tiver dois níveis (a raiz e várias folhas) a estrutura se assemelha a de um arquivo sequencial (flat).

Modelo de Operação do FTAM

O FTAM define uma série de ações que podem ser executadas em um arquivo. As ações podem afetar o arquivo como um todo, modificando apenas seus atributos ( por exemplo, criação, remoção, e modificação de atributos), ou podem afetar partes do conteúdo do arquivo.

Como mencionamos anteriormente, uma entidade de aplicação tem acesso aos serviços FTAM estabelecendo uma associação com outra entidade que forneça o acesso a um sistema de arquivos. A associação após estabelecida é denominada associação FTAM. Uma associação FTAM atravessa vários estágios, denominados regimes FTAM, nos quais diferentes serviços são fornecidos.


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